domingo, 11 de outubro de 2009

Cicatrizes de Covardia


Tempos sem aqui refugiar meus pensamentos. Muito a dizer, muito a questionar, pouca a vontade de escrever, forço-me a isso, pois a única certeza que acredito ter neste momento é a de que depois desta página completa, palavra por palavra uma pequena injeção de ânimo me será ministrada.
Dentro de mim sinto um vazio de tamanho inexistente e é dele que me alimento e faço de nascente para minhas palavras tão incoerentes e insensatas. Os ponteiros do relógio parecem voar, tento agarrá-los segurá-los, para que o pouco que me é presenteado seja bom o suficiente, mas eles escapam-me entre os dedos como areia no vento do deserto.
Diante de todo o sangue e de todas as lágrimas, que agora secam ao tempo, me forço a acreditar que a aceleração do contador de horas veio a ser conveniente. Os cortes se fecharam e deram lugar a nove cicatrizes, sim sei que são nove porque as contei, em mais um ato mórbido de quem não vê mais sentido algum em qualquer outra coisa a se fazer, porém espero que com o avançar dos meses o Sol as apague, pois delas, não tenho orgulho algum.
A covardia se apoderou de minha alma, e em meu corpo agiu deixando essas marcas tão feias, que a ninguém aconselho, mas que no momento em que chegaram afirmo sem a menor duvida de que foram as melhores amigas que tive.
Tento rumar a um novo destino, pois o meu nem reescrever mais é possível. Continuo a sentir o peso de minha alma falando, lamentando, chorando.

Um comentário:

  1. pode ficar tranquila que qualquer nova cicatriz e eu quero a sua cara, coisa idiota. Só sabe me deixar preocupada..

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